MEDIUNIDADE SEM DECEPÇÕES - Luiz Sérgio

Meus amigos: Um dia aportou por aqui,  um médium que foi considerado “muito bom e forte” dentro da casa espírita a que frequentava  servindo  ao Cristo.

Recebia muitos espíritos. Pregava, aconselhava. Tinha certeza da imortalidade da alma, etc. O desencarne pegou-o de surpresa, pois se encontrava em completa  atividade espiritual. Chegou  em  pleno desacordo com o momento de sua partida. Começou a fase de reinvidicações dos seus créditos. Não entendia o que estava  acontecendo pois,  esperou sem sucesso os seus guias de luz para recebê-lo. Mas   estes vigorosos trabalhadores de Jesus estavam empenhados em seu labor na recuperação de irmãos que ainda não tinham  esclarecimentos sobre a continuidade da vida.

E então aquele trabalhador de uma casa espírita que também tinha as suas enfermidades morais, caiu na cilada de uma grande decepção.

É  assim que se procede quando ingressamos em uma  tarefa renovadora através do exercício da mediunidade. Não estamos trabalhando senão pela nossa recuperação. Lauréis se os conseguirmos,  serão nossos.

O médium não deve achar-se privilegiado. É ainda um grande  devedor que encontrou na mediunidade uma porta de reajuste para o seu reequilíbrio interno.

Como achar que a virtude dos fenômenos mediúnicos produzidos por seu intermédio seria o seu coroamento quando aqui chegasse?

Mediunidade é a energia do amor em constante movimento. É  a  compreensão do desprendimento que vem da filtragem da mensagem do Espiritismo dentro de si.

Médium é apenas intermediário, cabe a cada um sê-lo de forma integral.

Quem estudou, armazenou a mensagem que consola e já se conscientizou de que  todos somos devedores da vida, de Deus e que através do seu amor enviou a benção da mediunidade para a sua redenção e compreensão dentro do crivo necessário da reencarnação a que é permitida a todas as criaturas para a sua ascensão e evolução espiritual.
Portanto, os chamados bons e fortes médiuns se preparem com muita consciência para no retorno à pátria espiritual  não serem coroados de luz, e sim,  convocados novamente a prosseguirem com suas tarefas com Jesus sem interrupção no âmbito da erraticidade.  

Luiz Sérgio

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