Parei na contra mão. Fui embora da terra perturbado e revoltado com Deus, afinal o que ele tinha a ver com as minhas imprudências?
Tinha sim, eu falava repetidas vezes.
Muita água rolou sem que eu pudesse melhorar interiormente.
O que mais queria se o negócio aconteceu de forma trágica? Agora era recomeçar, claro.
Para mim era como se fosse impossível aceitar-me fora do corpo, fora também da vidinha que me trazia prazeres com pouca responsabilidade.
Sem dúvidas, aqueles que me acolheram era anjos que pacientemente aceitavam o que eu dizia.
Ouviam pacientemente os meus gritos e lamentos. O tempo me era tão precioso e eu não compreendia isso, eu o gastava com as coisas superficiais e vulgares.
Agora rememorava todos os desatinos cometidos.
Serviam-me aquelas lembranças? Sim, servir-me-iam, pois agora eu poderia refletir e retirar algumas lições.
Após gritos, xingamentos e lamúrias comecei a aceitar que a melhora teria que partir de dentro de mim.
Tinha que ser, eu por mim.
Resolvi chutar a antiga lata e tentar usar outra completamente diferente. Refletindo sempre encontrei a chave que me daria suporte para os próximos tempos: A aceitação, afinal eu era o único responsável por toda minha triste história.
Conversei com aqueles amigos, aliás, uns verdadeiros “santinhos” que me suportaram e sem o menor revide me acolhiam sempre, entendendo a minha fragilidade e os momentos de difícil transição.
Perguntei como poderia fazer para aprender a viver melhor junto a eles. Imediatamente obtive a resposta: Aprenda a servir indistintivamente.
Cabisbaixo comecei, afinal eu era um iniciante intransigente e rebelde que curtiu a vida de forma equivocada. Consegui alguns resultados e com o passar dos dias foram aflorando dentro de mim alguns sentimentos desconhecidos até então.
E não vacilei junto a eles. Observava tudo o quanto praticavam. Eram atitudes que saiam do fundo dos seus corações amorosos, sem aguardar os tradicionais agradecimentos ou retornos.
Aos poucos aprendi a silenciar e o mais chegou de forma gradativa.
Temos tantas perguntas a fazer sobre essa transição, que não conseguimos. Insistir seria um ato de total ansiedade, porque vamos na seqüencia das descobertas.
Foi assim que me iniciei na vida do espírito, aceitando que de certa forma eu fora encarregado de praticar o que não devia.
Tornei-me um suicida passivo.
Mas tudo isso é passado. Hoje eu recomendo aos jovens sensatos ou não, ponderação e muita consciência.
Tenham em mente que a vida continua, e descobrir essa realidade da forma que eu descobri, não recomendo.
Tornem-se melhores o quanto antes, fazendo todo o bem que podem e cuidando dos seus pensamentos pois ele são armas poderosas, tanto para o bem quanto para o mal.
Creia-me, Jesus é a porta que nos ensina a amarmos a nós mesmos para depois amar o nosso próximo.
Respeitemos as leis da natureza, os limites do outro e preservemo-nos das emboscadas que possam nos arrastar para onde não devemos ir.
Preservem seus corpos e preservem suas almas enquanto é tempo. Essa viagem sem volta às vezes nos toma de grande surpresa, e o que vem depois, somente vivendo vocês poderão avaliar.
Acima de tudo mantenham-se integrados ao verdadeiro bem porque ele é a melhor coisa do mundo.
Ajuste-se a tudo o quanto lhes possa elevar espiritualmente.
Essa é uma tarefa somente tua.
Começa de preferência agora, se possível.
Um abraço de compreensão.
Que possamos andar em paz
Um amigo distante e recuperado: Tadeu
Canal: Francyska Almeida-Fort-Ce.
Que possam agradecer as suas vidas ao Senhor que lhes criou que em tudo está presente.