O DOCE SORRISO DE UMA MEGERA - Sófocles

O DOCE SORRISO DE UMA MEGERA - Sófocles

 

 

A bruxa Humaitah era uma mulher muito bonita. Sábia, cheia de encantamento ela vivia da sua alquimia.

Morava em um pequeno palácio. Naquele tempo uma casa que fosse grande e cheia de requinte era chamada de palácio. Humaitah, mulher inteligente, fazia da sua vida uma vida de pouco bem. Manipulava tudo que visse à sua frente, até os seus mais secretos pensamentos.

Desafiava a quem ousasse enfrentá-la.

Gabava-se dos seus poderes de bruxa maquiavélica. Não dava tréguas, estava sempre atenta a quem pelo menos sonhasse em prejudicá-la. Nunca encontrou alguém à sua altura. Era bem malhada na arte alquímica milenar. Realmente ela transformava o que desejava.

Tinhas belos dotes físicos. Apesar de não ter nascido em berço nobre, Humaitah tinha a fama de rainha por conseguir impressionar o coração da nobreza.

Mas Humaitah com a sua sabedoria inversa fazia mais: Treinava pessoas na sua escola do mal.

Sua face de bondade impressionava. Quem visse a sua meiguice não acreditava no seu santuário de maldade.

E assim a nossa bruxa vivia. Sabia como ganhar as suas boas moedas.

Frágil ela se escondia por trás das suas invenções e manipulações negativas. Manipulava insetos, ervas e o mais que o seu pensamento escuro lhe permitisse.

Jovem e bela finalmente Humaitah é tolhida pela sua própria infelicidade. Desencarna sem esperar. Ao chegar a sua morada verdadeira, a bela mulher de coração enegrecido se depara com as suas crias do passado.

Conturbada, passou a ser seguida, ameaçada. Humaitah cega pelo seu veneno já não tinha tanta força, e passou a ser refém de amigos que com ela havia convivido, bem como com aqueles a quem ela destituiu do plano terra através dos seus rituais de magia negra. Não teve mais sossego no plano da vida real. Para onde se remetia, encontrava inimigos ferrenhos. Dizem que mesmo assim ela passou alguns anos neste vagar de tormentos para em seguida a sua saga voltar-se contra ela.

Viu-se novamente acobertada pela carne. Humaitah renasceu como uma pobre enferma. Desde criança, sua saúde era completamente comprometida. Cega, deficiente e nada de beleza feminina, ao contrário, sua expressão física era muito feia e desagradável de se olhar.

Sua mãe era uma pobre mulher que se cansava daquela vida de andar tanto em médico e a filha nada de melhoras em sua saúde.

Era uma criança que pouca gente conseguia dela se aproximar. Humaitá não conseguia engordar, comia e dormia muito pouco.

Conseguiu viver apenas doze anos e partiu mais uma vez de repente. Seus cobradores já sabiam que ela voltaria mais cedo, e recomeçaram uma nova saga de perseguição.

Em planos de renovação, Humaitá pediu socorro aos céus no que foi atendida. Foi cuidada e orientada para frequentar a escola do amor.

Como trégua e por misericórdia o universo apagou parte daquele estágio para que sua alma tivesse um pouco de paz. Isso quer dizer que o resgate vai acontecer lá na frente.

Gradativamente o espírito Humaitah foi compreendendo as fases da vida e os segredos da alquimia mais extraordinária que o mundo conhece: A alquimia do amor!

Muitos séculos se passaram e hoje Humaitah é uma alquimista do bem que ajuda a quem trabalha com ervas naturais, plantas e outras terapias que melhoram o corpo e a alma do homem terreno.

Ao nos confrontar com a energia que nos impulsionou a fazer algo comprometedor ao nosso espírito, devemos analisar com cuidado, de repente são lembranças que eclodem somente para que aprendamos a lidar melhor com o nosso passado.

Essa energia aos poucos vai se dissipando de acordo com o trabalho amoroso que possa ser construído. Se esse trabalho é intenso, ela se dilui mais rápido. Caso contrário ela pode vir à tona em circunstâncias inacreditáveis.

Todo aquele que deve as leis universais precisa se cuidar e se limpar com a água pura do amor, do trabalho e da meditação.

Energias contrárias acumuladas são fardos estafantes que a criatura terrena ainda carrega. Eliminá-las da sua história é um processo individual que vai influir no coletivo.

Se alguém se curar da sua ignorância tende a curar outros automaticamente com a reserva de amor que se expande.

O universo é um constante vai e vem de troca e fluência energética. Sintamos a luz do criador sobre a contabilidade das nossas vidas.

Manipular forças contrárias à natureza é uma grande responsabilidade para a alma no século vinte e um.Trazer o passado negativo para o hoje é algo extremamente comprometedor.

Ressarcir com a força dissipadora da causa.

Mas diante desse fato é preciso ver que esse passado pode ainda está latente. Reverter-lho em amor, é a sublime receita. Precisamos plantar sementes de luz para que colhamos outras semelhantes.

Somos responsáveis pelas energias que emanam do nosso cérebro físico e espiritual.

As bandeiras balançam ao sabor do vento e esse vento é a nossa essência conduzindo a bandeira marcada com os símbolos do nosso passado.

Adequemos o bem estar em nosso ser através da força divina com a vontade centrada no querer amplamente sempre para o bem.

Podemos ser alquimistas do amor universal, manipulando as energias do Cristo Jesus coloridas e resplandecentes. Em meditação manipulemo-las com os pensamentos equilibrados aos nossos espíritos.

Podemos manipular ervas para a saúde de muitos, e assim a alquimia nos retorna com outra conotação.

Somos e seremos artesãos da vida manipulando amor a quem precisa para o soerguimento de almas desobedientes, fanáticas, ignorantes, rebeldes!

As enfermidades da alma somente serão abolidas quando os amigos térreos se trasformarem em bruxos renovadores, bruxos amorosos e bruxos manipuladores do amor que nos ronda em luz, em energias douradas, prateadas e das demais tonalidades oferecidas amorosamente pelo coração crístico do universo.

Sede bons, sede afáveis, sede caridosos, sede amorosos e automaticamente as energias desfavoráveis entrarão em processo de decomposição com a força que o amor emite onde se faz projetado.

Abraçando o espírito Humaitah e a cumprimentá-la pela permissão da divulgação de lapsos da sua história, em amor prossigamos em busca da nossa iluminação independente do passado que nos perseguiu ou ainda persegue.

Em respiração de amor, façamo-nos de instrumentos de defesa ao mal para nos encontrarmos em beneficência liberta da vida moderna ou secular.

Sófocles

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