Castro Alves
Mensagem relativa a Copa 2006, mas atinente também ao momento.
Canal :Francyska Almeida - 300606-Fort-Ce.
Dor, agonia, desespero, revolta
Sentimentos se misturaram durante minutos
Mas as bandeiras tremulavam felizes
Rostos pintados, chapéus de palhaço
Faziam um belo quadro, espetáculo digno de se ver
A festa estava impecável,
Metros e mais metros de fitas verde e amarela
e lamentavelmente de acordo com a previsão
a comemoração não aconteceu
Os garotos da bola não estavam em dia bom
Mas como não estava em dia bom?
Não é o seu digno trabalho fazer a bola rolar em campo
para depois ir até a rede, depois ultrapassá-la
e euforicamente a torcida agitar-se em explosão?
Como não ter culpados? Como não ter inocentes?
As regras do jogo são claras e o objetivo é a vitória
e o sentimento de equipe precisa também prevalecer
Cada garoto foi buscar o quê?
Fama, bem estar ou correr sem técnica
Para fazer a bola não entrar na rede
Não era esse a base de toda história
Pena, mas o que sempre predomina nessa empreitada
é o sentimento de brasilidade
Não de exposição, fama ou sucesso individual!
Se alguém é profissional precisa dar o melhor de si
E o melhor de cada um ficou guardado
E a pergunta que não quer calar?
Por quê, por quê? E a resposta ficou no ar, por quê?
Será que o Brasil esteve presente apenas nos seus símbolos
Nos ornamentos, nos salários?
e o verdadeiro patriotismo onde ficou?
As perguntas não serão respondidas a contento
Que nós os legítimos brasileiros continuemos
a amar o nosso País fazendo sempre o melhor
Produzindo frutos com o nosso escolhido trabalho
Com garra, perseverança e muito amor
Porque esse sentimento para o bom entendedor basta...
Guardemos as lágrimas e nos espelhemos nessa lição
Para sermos bons jogadores ,
precisamos bater bem todas as bolas
que formos designados a chutar
Onde quer que dentro do campo ela possam estar
Batamos no peito sobre o símbolo da nossa Pátria
Sentindo: eu a amo e por ela darei o melhor de mim
de acordo com o conhecimento que tenho
do campeonato da sabedoria infinita da vida